A felicidade não admite parêntesis...
























«Parto mais longe, onde não existem máximas,
extintas culpas em ouvidos frenéticos ou monótonos.

Falei-te do absurdo como se fosse
uma cor a acrescer aos sentimentos,
ou então um dom.

Falei-te das minhas coisas como se fossem tuas.
E falei-te desses lapsos de dúvida
que transtornam a maneira de viver.

Falei porque as palavras se trocam, se atiram, se oferecem
e se negam com abundância, com uma rapidez
que não altera as pulsações
e não necessita do sangue como pressuposto.
Presumia sempre uma diferença,
um abismo que as palavras não supõem, não discutem.

E o tempo passou-se.
E o eco resnasce-me nos meus dedos.
Não posso escrever-to porque não sei.»

( caderno de exorcismos - Joaquim Pessoa )

@olhares

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