E tu nunca saberás...

... que nunca te quis magoar...
... que a dor que sentiste era um dia normal para mim...
... que delirei a gravidez porque não podia criar um filho com drogas e... sem drogas e... com o meu passado...
... que quis ter um filho teu...
... que te sentia, conhecia, comunicava, amava pela respiração, pelo toque... mas tu nunca foste capaz de me perceber assim... por isso me abandonaste...
... que o meu amor foi ininterrupto e incorrupto todos os segundos desde que te beijei pela primeira vez... e pela última...
... mas a dor impediu que o meu corpo te mostrasse... o meu amor... ficou preso por baixo da minha pele e por isso pensaste que não te amava, o que não podia deixar acontecer, e, por isso me fiz sofrer... tu percebeste e acreditaste no meu amor... e... deixaste de me amar...
Acreditei quando disseste: Amo-te; disseste que pela primeira vez acreditaste, quando eu disse: Amo-te! E... depois... quando te perguntei disseste que não... Mas disseste que eu era o milagre da tua vida...
Mas mesmo que nunca saibas...
Depois de tudo nem guardaste uma memória de nós. Não te despediste e foste embora... para sempre... sem dizer nada..., mas... em vazio...disseste... um dia... quero casar contigo!
E só eu nesta cama me deito... noite após noite... após as noites... as nossas noites de amor!
E tu nunca saberás... o terror que passava em cinco intermináveis quilómetros de viagem para te poder ter... nunca...

(written originaly in late 2005)

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